UMA XÍCARA DE
IDEIA
Bràz Dy Vinnuh
“Ventos, seguem-se uns aos outros
– Imagem da suavidade penetrante –
O homem
superior difunde seus mandamentos e realiza suas tarefas”.
(I Ching).
Arremessei por
seis vezes três moedas de 0,10 centavos – resultando no hexagrama 57, SUN
(Suavidade) no jogo oracular do IChing, com
origem na China antiga – logo o conteúdo do IChing fica por conta de sábios
como Confúcio, Lao Tsé, entre outros; inclusive alguns autores atribuem a
Confúcio a sua autoria. – só utilizei o I Ching para aguçar o interesse de
alguns leitores para seu estudo como ciência, arte, filosofia e fina
literatura.
Em saudável
diálogo com minha amiga Helô Helena, chegamos ao termo de que precisamos
apresentar a nós mesmos, aquilo que temos de mais caro entre nós – a nossa
história – e a história mundial – e isso se dá por meio das artes, todas elas; às
vezes a mais acessível das artes para determinado público é mesmo a literatura.
Logo ficaremos com ela como referência às demais. Sentimos a imperiosa
necessidade de um veículo que contemple nossa necessidade de degustar uma boa
leitura, onde prevaleçam assuntos mais edificantes. Como não somos sós, outras
pessoas aqui mesmo em nossa cidade devem sentir esse mesmo vazio e abandono. E
muitas das vezes sem os devidos mecanismos de fazer isso de modo menos
mercantilista e com viés para um público direcionado (que pode ser pequeno),
até porque se lhe caem sobre os ombros as responsabilidades de manutenção e
sustentação familiares. Onde o vislumbre da utopia lhe bloqueia a imaginação.
Sonhar cabe
àquele que se permite, do mesmo modo que ter pesadelos. Preferindo a primeira
alternativa, sem nenhuma pretensão que não seja a de partilhar com pessoas
afins um mesmo paladar artístico e literário. Foge de nosso interesse
“engessar” uma opinião, ao contrário, despertar no semelhante a liberdade de
pensar. Sem contar que nosso raio de influência não tem como competir com as
grandes forças midiáticas televisivas, globais, “sabatinais”, internacionais,
intencionais, 'et caetera' e tal.
Cada vez mais a
virtualidade assume um papel importante na vida da sociedade mundial, de algum
modo a vida caminha para essa confluência, onde todos poderão um dia, ter esse
acesso de comunicação. Mas, ainda demora desaparecer a segregação – ficando
claro uma vertente com facilidade de consumo e a outra que convive com o
estritamente necessário a suprir suas necessidades, ainda assim, uma parte dos
abastados continua pobre de conteúdo. Se a comunicação no inicio do século passado
sofria para chegar ao destinatário, hoje ocorre em tempo real. Isso é genial, a
tecnologia está a caminho de atingir o seu real objetivo. Fazer corações
sensíveis? Mentes inteligentes? Seres pensantes? Homens de bem? Terra de luz? Mundo
de paz? Geração de amor? – a virtualidade veio para aproximar as pessoas dos
mais diferentes continentes por meio do pensamento. Sem o embate físico,
deixando na memória coletiva da humanidade o rompimento das fronteiras, dos
muros de Berlim, muros de mim, muros que cada um ergueu entorno de si, por séculos
a fio, na vã ilusão de alimentar seu preconceito, seu racismo, seu orgulho, seu
ego com elefantíase e sua inveja "obesamente" amorfa.
O assunto de
hoje é outro, queremos nos desculpar por frustrarmos a sua expectativa de
leitor. Não pretendemos ser uma publicação inusitada, apenas com temas ainda
pouco divulgados. Diferente do passado o acesso à informação atualmente é
direito da humanidade. Ter a liberdade de promover com bom senso e justiça o
direito ao belo, ao comum, ao inusitado, ao pensamento, a expressão mais íntima
de cada um é responsabilidade redobrada. Mais importante quer ver o feio, é
enxergar a beleza na fealdade aparente.
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