quarta-feira, 5 de junho de 2013

POESIA

 
TEMPO DE NÓS
Fui atropelado por um anjo 
Que me surpreende com imensa 
 Amabilidade, um impacto que 
Tudo isso invade a idade – avançada 
Com tanta força que ultrapassa 
 A esfera que habito – 
A estratosfera. 
 A espera me transforma em fera 
 E ao mesmo tempo em manso bicho 
Desesperadamente num poema barroco – oco 
Viro um no cerne do carvalho – velho 
Um Rio Amazonas no Saara 
 Um tuaregue no Himalaia 
Um peixe fora do aquário... 
 Para meia dúzia um otário. 
Quero voar debaixo d’água 
 Em chuva tempestuosamente forte 
 Torrencialmente revigorante 
 Sabendo que posso lhe dar 
 Meu semblante mais rude, e 
 Ainda que grotesco, te agrada... 
 Diante de ato tão nobre 
 Eu me desarmo em brisa 
 Eu me desato nó por nó – em 
Ato por ato-me ao perfume do teu sorriso. 
Minha tempestade em teu remanso 
 Vira sonora melodia zen, 
Em idioma inexistente ao ser humano – 
 Hum ano imediatista. Amém! 
O meu mundo caído dantes, agora um belo 
 E reluzente nascer de sol flamejante, 
 Que aquece corações, fazendo esquecer 
 As dores tantas, idas, vindas e passadas – 
 Passando a sentir com profundidade 
 O que significa a vida. 
 O verdadeiro significado 
 Desse mistério de ter lhe 
 Conhecido, alma benfazeja, amiga. 
(Bràz Dy Vinuh)

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