quinta-feira, 12 de julho de 2012

CULTURA


PRA SABER
Desde 2011, um significativo número de artistas e produtores culturais vem empreendendo grande empenho por fazer sensibilizar as autoridades e os representantes do poder público, sobre a importância de Vilhena possuir um organismo que corresponda às necessidades da população, dos artistas e dos produtores culturais, no que diz respeito às políticas culturais melhormente definidas para que não haja omissão em relação ao fortalecimento desse seguimento. Tão pouco pelo público interessado no tema.
Tem-se construído um amplo diálogo acerca da constituição da Fundação Cultural de Vilhena, que possa ela assumir o papel de mediadora entre artistas/produtores/comunidade e uma política de popularização cultural, bem como seu acesso a população pouco assistida nas bases de suas comunidades. Primordialmente oferecendo cursos, oficinas, nos vários campos das artes, pequenos ofícios, lazer artes, patrimônio, museus, bibliotecas, de modo estabelecer perspectiva de melhoria de qualidade de vida sócio ambiental e cultural para os quase 100.000 habitantes de vilhenenses.
QUEM FAZ E NAO SABE x QUEM SABE E NÃO FAZ
A Fundação Cultural, representada por uma Comissão de Instituição nesse processo pretende atender a heterogeneidade da cultura implantada em Vilhena. Visto que a mesma é riquíssima em quantidade e qualidade, carecendo tão somente de identificação. Sem desprezar a primordialidade do aprimoramento técnico específico em cada área desse conjunto – o que configura que a qualidade dita quase sempre a durabilidade de tudo.
A Fundação Cultural é uma Luz no Portal da Amazônia para tirar de cena a desesperança que sobreviveu entre os artistas e população por mais de três décadas. Vê-se a possibilidade de acompanhar a mudança postural de todo um contexto cíclico. O tempo de fazer um périplo pelas asperezas do desconhecimento do valor da cultura, de chapéu nas mãos na esperança de umas migalhas de desinteresse, sai do sonho e vira realidade. Agora cabe a população atentar para a importância de sua participação em todos os processos políticos da sociedade, inclusive participando das sessões públicas na câmara municipal.

UMA FACA DE DOIS GUMES
AtualUsualmente a cultura é compreendida, mormente onde carece de informações, equivocadamente, gerando constrangimento aos artistas, aos produtores culturais e seus simpatizantes.
Entre o passado de sonhos e o presente menos utópico, “Vilhena” desperta para a realidade cultural e se coloca ainda que timidamente, provavelmente temendo a reação impactante da sociedade que pode eleger aquilo que deve ser empreendido ou não.
O tempo é testemunha da mutabilidade das cousas, e tudo está sujeito à lei da evolução moral e do progresso intelectual, independente do contexto educacional estabelecido socialmente. – Educar é um ato de amor – e a forma mais dinâmica de oferecer educação/cultura ao grande público desprovido desse acesso, se dá através do compromisso do Estado em disponibilizar esse recurso, um bem público a princípio imaterial, às comunidades. Da união do interesse visível e notório da sociedade e o compromisso do estado, fica mais fácil perceber o poder de determinação exercido pela cultura – principalmente pelo poder aquisitivo disponibilizado – nem sempre com mecanismo de acesso facilitado para utilização – cabendo, entretanto a organização setorial para abrir essa “caixa de Pandora”.
Todos os saberes de um povo constituem a cultura pessoal – local – regional e global.

O QUE FICA IMPRESSO
“Conceito – Cultura – (do Latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica formulada por  Edward B. Tylor, segundo o qual cultura é – aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade – Em Roma, na língua latina, seu antepassado etimológico tinha o sentido de “agricultura” (significado que a palavra mantém ainda hoje em determinados contextos), como no exemplo empregado por Varrão. Cultura é também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade, como a música erudita europeia (o termo alemão “Kultur” – cultura – se aproxima mais desta definição). Definições de cultura foram realizadas por Ralph Linton, Leslie White, Clifford Geertz, Franz, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estudo aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram pelo menos 167 definições diferentes para o termo cultura.
Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura muitas vezes se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na França e na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite. Ela possibilitou o surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre “cultura erudita” e “cultura popular”, melhor representada nos textos de Matthew Arnold, ainda fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais.
Filosofia - cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou comportamento natural. Por seu “termo”, em biologia uma cultura é normalmente uma criação especial de organismos (em geral microscópicos) para fins determinados (por exemplo: estudo de modos de vida bacterianos, estudos microecológicos, etc.). No dia-a-dia das sociedades civilizadas (especialmente a sociedade ocidental) e no vulgo costuma ser associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas como melhores, superiores, ou seja, erudição; este sentido normalmente se associa ao que é também descrito como "alta cultura", e é empregado apenas no singular (não existem culturas, apenas uma cultura ideal, à qual os homens indistintamente devem se enquadrar). Dentro do contexto da filosofia, a cultura é um conjunto de respostas para melhor satisfazer as necessidades e os desejos humanos. Cultura é informação, isto é, um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos contemporâneos e aos vindouros. A cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os seus problemas ao longo da história. Cultura é criação. O homem não só recebe a cultura dos seus antepassados como também cria elementos que a renovam. A cultura é um fator de humanização. O homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural. A cultura é um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade e que conferem sentido à vida dos seres humanos.
O uso de abstração é uma característica do que é cultura: os elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus símbolos tais como padrões artísticos e mitos. Entretanto fala-se também em cultura material (por analogia a cultura simbólica) quando do estudo de produtos culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas, etc.). Essa forma de cultura (material) é preservada no tempo com mais facilidade, uma vez que a cultura simbólica é extremamente frágil.
A principal característica da cultura é o chamado mecanismo adaptativo: a capacidade de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais rápida do que uma possível evolução biológica. O homem não precisou, por exemplo, desenvolver longa pelagem e grossas camadas de gordura sob a pele para viver em ambientes mais frios – ele simplesmente adaptou-se com o uso de roupas, do fogo e de habitações. A evolução cultural é mais rápida do que a biológica. No entanto, ao rejeitar a evolução biológica, o homem torna-se dependente da cultura, pois esta age em substituição a elementos que constituiriam o ser humano; a falta de um destes elementos (por exemplo, a supressão de um aspecto da cultura) causaria o mesmo efeito de uma amputação ou defeito físico, talvez ainda pior.
Além disso a cultura é também um mecanismo cumulativo. As modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, de modo que a cultura transforma-se perdendo e incorporando aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo o esforço das novas gerações.”

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